A lenda do xadrez
Numa época onde os reis e imperadores prevaleciam o controle indiscutível sobre os povos, como representantes do plano divino, existia um justo e generoso rei chamado Sheram. Foi um formidável líder hindu, amado pelos súbitos da província, pois ele governava com integridade e justiça.
Aconteceu que seu reino se envolveu num conflito militar contra tropas invasoras,que tentaram invadir a fronteira norte do seu território qual o mesmo governava, devido a antigas rivalidades entre os povos por muitos anos. No guerra, graças a experiência do Raja Sheran nas antigas batalhas, o seu exército venceu os adversarios , numa luta árdua, selvagem e sangrenta. Apesar do triunfo, houve lamentações. De um milhão e meio de soldados que lutaram em defesa do Raja, quinhentos mil homens pereceram na luta, cerca de um terço do exército. Dentre os abatidos mortalmente, estava o seu amado filho, o primeiro linha na sucessão ao trono real.
Após o fim da guerra, o rei Sheram retornou ao suntuoso palácio, com um coração depressivo e tristonho. Sentia imensa culpa por ter permitido o primogênito ir ao mortífero combate. Se tivesse dons premonitorios, saberia de antemão o trágico destino a espera a arrebatar o amado filho para a inevitável morte. Ao passar do tempo, os membros da corte notaram o seu luto interno estampado nas feições dele devido ao calamitoso acontecimento. O choro interior qual o raja enfrentava aparecia estampado nas feições melancólicas do próprio. Nem as melodias tocadas pelos melhores acordes, harpas e flautas dos gênias músicos traziam a paz espiritual a sua enfadonha alma. Um dos seus cortesãos, chamado Lahur Sessão, demonstrou imensa preocupação sobre a saúde mental e emocional do raja. Então ele decidiu tomar uma decisão corajosa e ao mesmo tempo de compaixão: Após obter uma reunião particular com o rei, conseguiu convencer o soberano que desse permissão para criar um jogo de tabuleiro para que não pudesse apenas motivar o animo do rei Sheran, assim também que trouxesse o alívio e elevação a capacidade de pensamento. Duas semanas depois, o jovem brâmane veio a presença do rei trazendo o tão prometido jogo. O tabuleiro continha 64 casas, contendo metades escuras e claras. Havia 32 peças, 16 para cada competidor jogar. Eram divididas em peças brancas e escuras. Quando tinha tempo livre dos assuntos relacionados ao estado real, o raja dedicava o tempo a jogar com o inventor do jogo(Lahur Sissa),os conselheiros, ministros e o seu filho caçula de 15 anos. Os espaços escolhidores variavam, desde nas luxuosas salas de bem-estar ou sentados debaixo das perfurmadas árvores pertencente ao jardim pomposo junto ao pálacio.Jogando o xadrez, começou a desenvolver uma noção de raciocínio lógico e pensamentos profundamentes estratégicos. Ele observou que sua mente sempre obtinha pensamentos mais eficazes e inteligentes.Essa combinação o estimulava a buscar meios de se antecipar em solucionar os problemas e auxiliar na gestão de planejamento na politica do país. Também notou que determinados lances no tabuleiro, o sacrifício era essencial para alcançar vitória, isto é, o xeque-mate na peça rival( o rei inimigo) na partida. Nessa reflexão, percebeu que o sacrifício do amado filho não foi em vão na antiga guerra que deu o triunfo ao reino. O episódio foi o fator importante a trazer a paz e segurança ao reinado. O raja havia compreendido e aceitado aquele destino.
Dois meses depois, o Raja perguntou qual oferta generosa Luhar Sessa aceitaria pelo magnífico presente que o último tinha inventado a presentear o monarca.
O moço bramane respondeu respeitosamente que não queria nada que fosse referente a riquezas ou propriedades. Simplesmente desejava obter grãos de trigo. Esses grãos seria distribuídos na seguinte forma: 1 grão de trigo na primeira casa do tabuleiro, 2 pela segunda casa, 8 pela terceira casa, até a casa de número 64 do tabuleiro, formando uma progressão numérica. Inicialmente, o rei ficou perplexo. Contudo, como a sua palavra precisava a ser cumprida, então chamou os habilidosos matemáticos da corte, ordenando que fossem designados a realizar os cálculos na porcentagem da quantia a ser pago a Sessa.
Horas depois, os algébristas retornaram a corte, trazendo o seguinte resultado elevadíssimo:
18.446.744.073.709.555.615. Eis o resultado do pedido inusitado. Era equivalente a dez vezes o número de planetas Terras.
Sessa aliviou o rei, explicando que não iria reivindicar o impossível prêmio. Disse que apenas queria que o rei medita-se em saber lidar com os números de uma dívida cujo tamanho não é possível quitar. Também falou que tudo aquilo era a metáfora perfeita para sempre ter prudência em não expressar juramentos que nunca podem ser ratificados ou feitos.
Tocado, o rei Sheram se ergueu do trono e abraçou o criador do xadrez, agradecendo o rapaz.Depois nomeou Luhar Sessa como o conselheiro principal, pagando ao jovem 100 quilos de moedas em ouro e duzentas barras de prata como galardão.
Em alguns tempos livres, o rei sempre se dedicava naquele passatempo brilhante com o próprio Sessa, membros da realeza, o filho caçula, o general e os demais sábios.
Três anos depois, Lahur Sessa foi consagrado Primeiro-Ministro, substituindo o anterior político, que faleceu de causas naturais após 80 anos de vida. Durante a vida do raja e de Lahur Lessa no governo , o reino começou a vivenciar um começo de prosperidade e segurança nunca vista antes na nação.