Não tô conseguindo escrever.
Eu peguei papel e caneta,
E falhei ao tentar lhe compor.
Então voltei a lhe encarar na tela,
Que de maneira formosa, lhe exibia.
Notei a complexa gama de cores da arte,
No singelo azul dos teus olhos.
Eu vejo os céus que você já observou,
Vejo também os mares que você desejou,
Mas que em alguns deles,
Você se quer mergulhou.
Porém, há profundeza e mistério.
Então eu fito a alça que te segura o peito,
Mas que não contém sua liberdade.
Liberdade essa que consiste em explorar as nuances da vida e da natureza.
Da natureza da vida.
Então me perco em todos esses pensamentos,
E me encontro em suas curvas.
Do nariz que respira,
Dos lábios entreabertos que instigam,
Me comporto e volto ao papel.
Mas não sei o que escrever.