Saudade da Terrinha
ACHO que toda pessoa que possui sensibilidade, esteja onde estiver, recorda com satisfação e ternura das suas raízes, da sua terrinha Natal, daquela cidadezinha onde curtiu a meninice e a adolescência. Não importa se era rico, remediado ou pobre. A saudade é a mesma. E quem está fora anseia por voltar. O sentimento pela mãe terra fica eternamente vivo e bulindo dentro da gente. Sempre que recordo meus tempos de criança e adolescente releio um trecho de um escrito de Luiz Cristóvão dos Santos (um dos grandes escritores de Pernambuco, era pesqueirense); “Na verdade ninguém esquece os caminhos da infância. O pequeno país que ficou sepultado na bruma. Todo homem guarda no coração a mensagem que lhe entrou pelos olhos, mal-abertos para os mistérios da vida. O importante, porém, é reconquistar a paisagem perdida. Encontrar, novamente, os velhos caminhos. E por eles andar, de alma alegre, vendo desfilar o Rosário das emoções ressuscitadas”. É impossível esquecer o passado. William Porto. Inté.