O Demônio Mulher.
O Demônio Mulher.
Ela chega, senta ao meu lado, seu cheiro inebria-me com um doce sentir. Como seria sentir sua pele do cabelo aos pés fazendo uma pequena pausa entre suas pernas, de onde eu naufragaria-me nos pequenos e grandes lábios de encontro ao clitóris, a projeção divina do prazer.
Ela, das muitas que passam por mim neste recinto, trás consigo o pecado com cheiro de luxúria, Cristo, foi ao deserto para não conhece-la e morreu sem saber por que Deus a fez, Lúcifer, criou uma guerra por saber que esta humana teria mais poder que ele, só em ser vista, e, os próprios Homens/Deuses não seriam nada além de fantoches nas mãos desta exímia e profana entidade.
Ela se foi, mas, seu cheiro ainda opera no ar como uma canção entoada para nossas mentes primarias, este inferno adentra minhas narinas como um tormento:
O tormento de não á possuir.
O tormento de não á conhecer.
O tormento de não à amar.
O Deus é assim, nos faz apreciar o belo, o cheiro, o sabor, deixando-nos viciados a pele. O Diabo por sua vez, nos orienta a ser cautelosos à este ópio, pois, até ele mesmo se perdeu nesta fonte de prazer.
O cheiro ainda esta aqui...
Nota:
Sobre uma mulher que sentou ao meu lado no Hospital Português, cheirosa como o inferno se apresenta.
Texto: O Demônio Mulher.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 11/06/2024 às 11:02