Gosto de poucas luzes, suficientes e suaves, capazes de causar no ambiente um lugar agradável e aconchegante. Que me permitam ver apenas até o próximo passo da palavra e do caminho (onde o resto é comigo). Eu não gosto de nada que grita aos olhos, luzes que se espalham demais.
E luzes são como conversas, pois elas falam em equilíbrio com o ambiente, quando bem aplicadas. Sendo assim, gosto das conversas tranquilas, livres, daquelas que produzem um diálogo porque não se apegam de maneira fanática às ideologias (gente fanática é chata demais). Conversas livres produzem transformações, mudanças de paradigmas. Tem gente que acha que conversa e acha que escuta, mas na verdade, parece afundada, sufocada e afogada pelo ego, incapaz de transitar entre as diferenças (ainda que se intitule democrática). Neste caso, nada se aprende com ela porque é sempre a mesma conversa baseada no mesmo ponto de vista.
Eu gosto de gente livre! Gente que ensina sobre a humildade de nada saber e sempre mudar quando necessário, gente que aprende sempre um pouco todo dia. Que não esqueceu sobre o verdadeiro exercício da escuta.
Tudo que beira fanatismo eu me distancio. O fanático não aprende e não ensina, é um eco sem fim de lados polarizados, cartilhas falidas e replicadas gerações após gerações. Um saco! Diz (ou melhor - impõe) sempre um lado nessa falsa democracia que segrega. É por isso que eu gosto da luz suficiente que não cega feito clarões. Gosto de luzes que indicam caminho, onde cada um escolhe o seu e nele se transforma único. E tudo bem.
Comentários podem ser feitos
através do link Contato