Cristãos não deveriam falar palavrões
Está muito difundido o hábito de dizer palavrões, linguajar sujo, piadinhas lascivas. Mas por que tantos cristãos embarcam nesse vício, que obviamente não é saudável?
Argumenta-se que para certas situações "só dizendo um palavrão". Mas isso dá a entender que a pessoa se julga intocável num mundo onde existe sofrimento. Quer dizer, deixa um objeto quebrar, uma comida 🥑 cair no chão, dá uma topada... e lá vem uma torrente de palavras de baixo calão, pronunciadas com raiva. É como se tal pessoa estivesse revoltada contra Deus, por ter deixado aquilo acontecer.
Não seria melhor ficar em silêncio, contornar o acidente ou dizer "Meu Deus?" em vez da opção da soberba?
Palavrões são inclusive muito usados e de forma agressiva por indivíduos violentos.
Não sou tão perfeito que pretenda nunca ter usado palavrões, mas evito ao máximo. Tempo houve em que eu falava um ou outro mas não habitualmente.
Aliás eu apreciava ler os artigos do pensador Olavo de Carvalho, no tempo em que saíam na imprensa brasileira (que parece o baniu, porque nossa mídia é majoritariamente esquerdista). Eu gostava da inteligência que ele demonstrava ao desmontar os sofismas socialistas. Mas quando começaram a aparecer os seus vídeos veio a decepção. Por que ele precisava usar aquele palavreado? Não se esperava isso de um conservador cristão.
Costumo comparar com o digno e eminente jurista católico Dr. Ives Gandra Martins, que é um homem sábio, monumento da nossa cultura e somente fala em linguagem nobre e elevada, sem jamais descer a baixarias. E, inclusive, sem se pronunciar em jurisdiquês, "idioma " pedante e ininteligível. Ele fala de forma perfeitamente clara.
Assim devem ser os cristãos, usar de linguagem simples sim mas educada, esmerada.
É assaz desagradável conversar ao telefone com pessoas que cultivam o vício do baixo calão. Antigamente não se falavam certas coisas diantes de senhoras; hoje as senhoras falam também, talvez por emulação. Mas não é hábito que mereça ser imitado.