TEMPO DE CADA UM.

TEMPO DE CADA UM.

Tempo, tempo, tempo;

Nada, mais que o tempo;

Tanto já foi dito do tempo, que quase me encontro sem tempo de do tempo dizer alguma coisa que não me consuma um tempo;

Esse lapso temporal entre o chegar e partir com uma presunção incomoda de quere limitar a vida, regido pelas marés e movimentos dos astros alternando entre um e outro em conformidade com a nossa posição nesta esfera que chamamos Terra;

Ele nos consome, devora sem parar, sendo insaciável e sem predileção a todos e tudo consome, cuida de fazer padecer até mesmo as memórias e marcas da existência, a todos faz gosto, rígido, inflexível e soberbo ele impiedosamente domina sobre a existência de tudo e todos;

Todos pensam ter tempo, ledo engano, ele é que nos tem, tem em espaço e em sua própria existência, quando se existe cria-se o tempo, criando uma obra de arte limitamos seu tempo pelas suas formas e composições, criando-se a vida limitamos a sua existência de igual forma e modelo, dele nada e ninguém escapa, se quisermos falar ao universo devemos reconhecer o tempo – e quanto ele passa rápido- também depende para quem;

Ao ser de beira mar e rio contemplando as ondas o tempo parecer mitigar sua marcha inconteste sobre todos nós, ao ser que prepara o amanhã com a ansiedade a de dias melhores alicerçado do que denomina de vitória e êxito ele se desloca como flexa lançada passando retilíneo sobre todos nós.

Temos do tempo apenas o agora, o ontem ele já consumiu e o amanha e tão certo como prever com exatidão o momento de sermos consumidos pelo tempo, tempo de cada um.

O JARDINEIRO DO AMANHÃ VI – VI- MMXXIV