O JARDINEIRO DO AMANHÃ.

“O Jardineiro do Amanhã”

As flores, rosas e arbustos sempre coloriram o mundo, além de perfumarem o ambiente.

Parece-me ser um retoque de vaidade do Criador ou um certo exagero de vaidade - somente comparado com as multicores dos pássaros (injustiça de comparação, pois estes assoviam, cantam e gorjeiam).

Nada mais singelo que uma flor, seja em botão ou desabrochada.

Porém, ela tem um tempo determinado de vida - é efêmera!

Ainda que queiramos que ela permaneça por mais tempo, em sua origem e sina ela tem um tempo que está determinado pela sua genética, sendo impossível para a morfologia contestar o tempo.

O reino vegetal, assim como o animal, está determinado em cumprir a trilogia do: Nascimento, Vida e Morte, porém, o vegetal, faz isso sempre com maestria e dedicação, não se importando que seu nascedouro seja no seio da terra, água ou mineral, de onde eclode com força e vigor em direção ao astro rei, e em sua simbiose e profusão de formas, cores aromas e sabores, dá ao sensível observador a alegria do toque da forma e do seu perfume.

Onde quer que as coloquemos ela terá um lugar de destaque.

Ela - por si só - cuidará de chamar a atenção e terá, como disse, um tempo determinado para isso.

Afina, da terra, que é boa e bela, também nascem os homens.

Somos todos frutos da terra!

Dela se espera surgir e suprir suas necessidades, pois os elementos da natureza tentam nos fartar com seus frutos, raízes, caules, folhas e flores.

As flores... tem seus espinhos também - afinal, eles fazem parte da dor e da beleza, e esses não tentam impingir sofrimento a ela, apenas aos desavisados que a golpeiam!

Também temos por certo que é preciso respeitar as dores!!!

O jardineiro haverá de ter mãos hábeis, singelas e atenciosas.

Saber prover os elementos necessários... tudo com sua dose certa!

Afastar as pragas (são tantas!), com o fito do amor de quem só quer o bem... ainda que elas tenham um certo encanto e suas cores e formas também.

Prover as sombras... pois até o astro rei às vezes queima e faz padecer pela sua exagerada gentileza.

Fazer a poda... os excessos devem ser contidos e dar lugar a novas formas, brotos e botões.

E como é importante a poda!

É ela que dá oportunidade do crescimento e do surgimento do novo.

Pelas mãos do Jardineiro do Amanhã, tudo será colhido no tempo certo.

Afinal será dele o ultimo cuidado quando estivemos na horizontal eterna.

Primo para que sempre haja um Jardineiro do Amanhã!

O jardineiro do amanhã. IV-VI-MMXXIV