Conversando com o Pai. (Deus.)
Conversando com o Pai. (Deus.)
- Pai.
- Sim!..
- Gostaria de saber porquê?
- Do que exatamente Filho!..
- Como seu filho sou uma negação! Tenho tentado de todas as formas desvirtuar aqueles quê em ti depositam a fé.
- Venho percebendo sua projeção contra a minha verdade, mas, não interfiro!
- Penso que talvez fosse melhor se eu não existisse, ou, fosse castigado conforme tua lei.
- Talvez! Porém, o que ganharia com tal justiça? Será que haveria desistência se sua parte, ou, reforçaria o que já se enraizou!..
- Pai!.. Porque nunca se mostrou perante a insatisfação a minha conduta?..
- Kkkk. Achas quê a minha insatisfação se resume em ti?.. Talvez meu Filho, você esteja se dando crédito demais.
- Como assim...
- Veja só. Das atrocidades vista no mundo, ter que me preocupar com suas dúvidas, seus momentos de ira, das palavras ditas com a consciência inconsciente é de certa forma dar-lhe razão demais não acha? Quando eu tive a ideia de vos criar-nos, antes eu tinha experimentado todas as fórmulas, já tinha desenhado toda arquitetura dês do âmago ao invólucro a que é vista no espelho. Transferi todo conteúdo existente em mim, a bondade hoje refletida na suas ações diante uma necessidade, até, a maldade concebida aos corações quando este vê-se em desordem.
- O Senhor quer me dizer quê, essa história de imagem e semelhança é de fato real?
- Filho, não é só verídico como explicito, algumas outras coisas são fruto da imaginação humana, que, diga-se de passagem, eu botei pra fuder. Tenho certeza que fiz o melhor neste quesito! Tenho às vezes um pouco de inveja na capacidade criativa de vocês. Como agora. Um pouco mais de estudo sobre sua língua e você será um profeta . kkkkkk.
- Não acho graça. Sou palhaço?..
- Calma. Eu não deveria ter posto tanto sal em você. Qualquer coisa quer brigar. Eu te perdoo!..
- É vem o perdão! Não perdoe. Eu disse o que quero...
- Eu sei! É o que o torna perfeito. Diante de tantas máscaras, você é o único que chega à mim de cara limpa e eu admiro-o por isso. Tenho filhos que pela noite ajoelham-se em prece, já pela manhã, após palavras doces, azedam tudo que toca. Às vezes tenho a impressão que pensam em mim como uma criança que dão doce e me enganam. Kkkkk.
- Então, como fica a minha situação frente ao Senhor?..
- Osvaldo. Seja você! Uma certa feita, uma amiga lhe disse que você não mudasse com ela. Faço das palavras dela às minhas, não mude, caso faça, quem eu iria ter para me esculhambar, e, digo mais, o que você acha estar praticando uma ofensa, parte destas ofensas por assim dizer, faz jus...
- Ok. Que seja assim...
- Obs: Quando você faz uma escrita embaixo do Pé de Cajá, são as que mais gosto.
- Posso saber por que?..
- Claro. A Cajá é uma fruta meramente terrena, a primeira mordida é azeda e vai ficando doce conforme é consumida, então, reflita. Ao decorrer da aprendizagem terrena vocês vão dando mordidas que muitas vezes tem um azedume, porém, a cada avanço de conhecimento, começa a sentir um doce inigualável que os tornam maduros (Evoluídos.).
- Então tá. Obrigado por me ouvir.
- Você é meu Filho. Nunca deixaria de te escutar.
- Tchau...
- Tchau... Não se esqueça, não mude!..
Texto: Conversando com o Pai. (Deus)
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 04/06/2024 às 15:16