Amor e suas metamorfoses

É aprisionar aquele instante, compreende? Conservá-lo num silêncio tão profundo que somente sua própria existência se expresse, traduzindo os olhares, toques e beijos.

É permitir que tudo se exteriorize. Essa totalidade que reside em nosso íntimo e à qual não conferimos nem forma nem cor.

É sabermos que, lá no âmago, a cada vez que revisitamos aquele momento, nos tornamos egoístas perante o tempo, tentando arrebatar para nós aquele instante.

É não recear o encontro de olhares, o roçar de lábios, o toque na pele e a revelação da alma.

É confiarmos nossos pecados aos olhos.

É experimentarmos uma confiança que, por vezes, nem a nós mesmos damos.

É se renovar cada nova metamorfose do amor, rir do frescor do sorriso tolo e alcançar a felicidade plena.

Danilo Tristão
Enviado por Danilo Tristão em 30/05/2024
Código do texto: T8075070
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