O ÍNTIMO DA VERDADE
Apesar de parecer contraditórios mútuos, considerando a percepção individual, em adição ao intelecto, poderíamos afirmar que o conhecimento é derivado das coisas verdadeiras diante do conhecedor capaz de saber, ou, na ausência de seu testemunho, pois o real parece se materializar em razão da verdade, não meramente na proporção do entendimento.
A verdade por si, na igualdade da mente e coisa, se auto representa e tem seu lugar próprio tanto no que é real, quanto na renúncia daquilo que não corresponde à realidade no intelecto, ou, no objeto! Portanto, o verdadeiro e o falso são propriedades do pensamento que projeta as coisas.
Nossas intenções são demonstradas no que apreciamos, e a verdade é mostrada naquilo que o pensamento exprime. A vontade é boa se corresponde ao bem, e o pensamento é certo, se está em harmonia com o sabido e o racional trabalhando a verdade entre o intelecto e o objeto compreendido em relação à sua essência ou casualidade para determinar sua absoluta veracidade em relação ao intelecto do qual depende.
O objeto é verdadeiro se expõe a conformidade com o pensamento, e a afirmação é real quando exprime a linguagem da verdade no entendimento, e as coisas naturais têm essência própria imutável na proporção de sua similitude com a divindade.
Não sendo propriedades conversíveis, o domínio do ser está realmente nas coisas, enquanto a verdade habita propriamente o pensamento, baseando a realidade de tudo o que existe de forma real ou abstrata em sua relação com o intelecto. Porém, não é absolutamente preciso que a verdade resida lá, pois, o ser da coisa, não a sua exatidão é a causa da verdade no intelecto.