Instabilidade

No brilho alto deste Sol, alegrou se, a alma, o verde, o turvo e o tolo.

Entretanto, como fresta de janela velha, limitou se a luz, logo escureceu.

E eu, tão igual, na manhã que em pé me pus, caminhei à sorrir.

De repente, tombou na curva em solavanco, entre pedras e barranco, o velho que tão me fiz.

Sou água de rio, na beleza do fluir, entre rochas, pedregaias, deslizo leve pro mar.

Todavia, a chuva que cai intensa, na demasia da calçada, faz me enxurrada e leva, toda beleza do ribeiro.

De rio, sou ruína, de Sol, sequidão, de risos, um tolo atoa.

Bem intenso e inconstante, como os céus eu também sou.

Na manhã um sol de brilho, à noite, a lua só nega.

No brilho alto desde Sol...

João Francisco da Cruz