O OLHAR DE UM CÃO
O olhar de um cão
Impossível [por ele] não ser cativado
E se ele não fala..., oh! e quem disse que não?
Mas, o que vale n’uma relação talvez nem seria tanto a palavra...
E, portanto, a [sua] mensagem penetra através ... de seus olhos
A partir d’uma conversa mais que verbal e tão viva!
Sim, o olhar de um cão
Não, não mente o que “dizem” seus olhos
E dizem o que querem co'eles
Oh! E como eles dizem!
A mirar co’afeto a quem [ele] tanto gosta
E não mentem no que [estes] s’expressam
E jamais são inferentes quando olham par’alguém
Como a quem d’outro o vê [d’ele] ... a su’alma
E co’ela se achega ... e se aconchega
Visto que a conhece
(Mesmo qu'em seu primeiro encontro)
E vê n’àquel’hora o “tempo” de quem o está a fitar
Sim, na rica e viva percepção é capaz de ver a alma e a mente d’outro:
Seus sentimentos, se está triste (deprimido) ou então alegre ou feliz
Se está (ou não) com medo d’ele
Enfim, se o outro está bem ou se está mal ...
Até mesmo se d’ele gosta (ou não), é verdade
Ao que do cão e, sobretudo, se for o seu dono (ou mesmo não),
no que é (ou como está) o seu coração, d’ele não s’esconde
Sendo impossível mentir para um cão que nos vê
Os olhos do cão não se distanciam quando observam, jamais
De sua mente que não vai (como nós às vezes) para bem longe d’onde s’está
E assim, não se ausentam quando s’encontram ao lado d’alguém
Não, de form’alguma não
O olhar de um cão entra no mundo de quem [ele] está a ver
A percebê-lo sempre co’afeto e co’atenção
E, por que não dizer, olham para o outro co’amor?
O olhar de um cão, então...
Quanta vida nele há!
27/05/2024
IMAGENS: FOTOS PESSOAIS