O Jogo Existencial Humano

O Tempo e a energia apesar de serem infinitos na existência são recursos extremamente limitados para uma pessoa. Então somos obrigados a escolher o que vale o nosso investimento de vida. Parece lógico dar vida ao que amamos, valorizamos ou apreciamos. Podemos passar a vida pensando, falando e vivendo a busca pelo divino. Em outras palavras, estar cada vez mais conectado a todo infinito. Mesmo que todo esforço humano seja um toque muito breve neste infinito, será melhor partir tendo a consciência da busca, do esforço, do vivenciar o infinito ao máximo que nos é permitido. O que deve ser predominante é esta jornada.

No entanto, por alguma razão misteriosa, parece que é mais comum ao humano julgar a jornada do outro do que investir em sua própria mesmo havendo trabalho inesgotável a ser feito. É entendido que é melhor condenar o outro pelos seus supostos erros do que corrigir os próprios.

Como se o interagir humano, "o jogo", fosse mais importante que a própria verdade. O caminhar sendo mais fundamental que o destino. Talvez uma característica do ser finito e mortal que somos. Aparentemente caminhamos mais estimulados pela rivalidade e competição do que pela fraternidade e cooperação. Uma característica, talvez, de nosso ego exacerbado.

O outro como nosso espelho para amar, desejar, invejar, detestar, rivalizar ou cooperar. Nosso corpo é um universo gigantesco, o lar de microcosmos e talvez de outras civilizações em escala absurdamente diminuta. Há muito para explorar, conhecer e desenvolver dentro do nosso ser. Porém, apesar de sermos um milagre gigantesco e desconhecido, sentimos um vazio existencial que só outro semelhante a nós preenche através da interação.

Provavelmente, ainda somos imaturos ou mesmo selvagens arrogantes. Carecemos de empatia. A verdade é considerada aquela que grita mais alto que outras. Ao invés de desenvolver as raízes da "minha verdade", ataco os heróis e os valores do inimigo. O exemplo nem sempre empolga as multidões. Guerras locais arrastam o mundo. Sempre há recursos para a guerra. Felizmente, a verdade resiste e sobrevive. E a humanidade tem avançado e melhorado. Mas continuará sendo assim? A chama da esperança pode apagar? Um dia, seremos responsáveis completamente pelo nosso existir e não haverá nenhuma força existencial que nos dará outra chance de recomeçar e aprender com nossos erros.

Ideias se combatem com ideias. Conheça a ti mesmo, antes de julgar o outro por errar de uma forma diferente de você. Ninguém merece mais a sua atenção, energia, investimento, exploração e desenvolvimento do que você mesmo. Apesar das diferenças, estamos todo no mesmo universo, no mesmo vazio, no mesmo caos, na busca da tão misteriosa felicidade (muito confundida com prazer ou conforto).

Tierry Coelho

0001/10000.

*O texto saiu do foco pretendido. Foi o melhor que consegui agora.

Tierry Coelho
Enviado por Tierry Coelho em 26/05/2024
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