Fim Próximo.
Fim Próximo.
Um certo dia, de um certo lugar, um homem sentado abaixo da Cajazeira, pensou em ajudar, assim ele desejou, e, fez...
Buscou no universo um pedido de socorro, um lamento doloroso, uma escritas sem qualquer rima, ou, apenas um olhar no horizonte...
Pegou uma Cajá verde, sentindo o azedo da fruta, imaginou-se diante do Sul, nesta viagem neural, avistou uma bela mulher, esta, em seus lábios pedia socorro, no olhar, uma dor carregada da vida de outrora, as suas rimas escreviam e denotavam desejos, fantasias, sabores, e, em meio o horizonte da minha saga, o castanho do seu olhar, mirava-me...
Atendi a seu apelo, abracei-a como se fossemos um só corpo, lancei-me no projeto sem Nau para cruzar tal pélago, entreguei-me por inteiro...
Mas,...
A beleza não pode ser vista como carinho.
A ajuda não pode ser vista sem a intenção de deturpar.
A pureza de um todo não pode deixar de ser fragmentado pelas culpas que a vida nos faz couraça.
E, foi assim que, embora ainda na tentativa vã de mostrar-me verdadeiro no plano geral, sou tomado como vilão a espreita, com intenções tão mesquinhas como a mente que se auto projeta em mim. Talvez por ser assim, teme olhar-me nos olhos, delimita o espaço a ser cruzado mantendo-se atrás das linhas inimigas que por ventura é a minha, desculpas, conversas fiadas, venda de atributos apenas visto em mim. Descarta-me.
O tempo é um guerreiro notável, o primeiro na linha de frente do destino, cronometrando precisamente o devido tempo do fim, este, de certo, já aponta na curva da decisão.
Texto: Fim Próximo.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 25/05/2024 às 12:00