Minha Arte e Eu

Se vocês pensam que eu escrevo de forma organizada...

Que pego um pergaminho e uma pena e escrevo versos...

Estrofes... De forma bela...

Ah como vocês estão enganados.

Se vocês pensam que eu sento para escrever,

Pego meu caderno e caneta...

E poetizo com uma letra maravilhosamente linda e perfeita...

Ah como vocês estão enganados.

A realidade é essa meus caros amigos.

As vezes estou lavando vasilha, com meus fones no ouvido...

E de repente um poema...

Uma poesia.

Um pensamento surgi em minha cabeça...

Aí preciso largar as vasilhas...

Enxaguar rapidamente as mãos ensaboadas,

Para que eu possa escrever.

Nem sempre tenho papel e caneta em fácil acesso.

Na maioria das vezes eu preciso escrever na fria tela do celular,

Por que se eu me demorar a anotar,

O poema se vai...

A poesia se esquece...

O pensamento se esvai.

Preciso anotar na hora.

Queria eu ter um pergaminho e pena sempre ao alcance.

Mas já teve muitas vezes que só tive uma caneta falhando e a palma da minha mão como papel.

Esse é o meu processo de escrita.

Só escrevo quando me vem a inspiração.

Quando ela bate a porta.

E eu nunca sei exatamente quando ela irá bater.

Por isso nunca estou preparado.

E mesmo quando ocorre de eu ter tudo à mão...

Isso não quer dizer que minha escrita será de forma bela e organizada.

Tenho uma imagem mostra perfeitamente,

Um dos meus momentos criativos com preparo...

Sentado para o café da manhã,

Com papel...

Caneta...

Tempo livre e inspiração...

Mas ninguém consegue entender em qual ordem escrevi esse poema.

Apenas eu sei, mas de tão confuso,

Se eu não passar logo a limpo...

Até eu me perderei nessa confusão que sai de mim,

E se eterniza no papel em letras.

Esse sou eu meus amigos.

Parte da minha vida de poeta.