Aos sonhos descabidos
Denoto ao hoje a fuga de meus sentimentos. Tudo porque meus desejos não cabem mais em mim.
Há uma certa fagulha em propósito. Essa deseja acender em meu coração; porém, para isso é necessário a certeza. Para que a chama se mantenha acesa. Para horizontes alcançar.
Confesso que tenho sofrido uma evasão presente de minha antiga face. Reconheço a necessidade do movimento desapegar. Antes de deixá-la partir, eu vos dispo sobre a bendita para meu território preparar.
É difícil decifrar; visto que, ela me possuíra por tanto tempo que já não sei me desvelar sem a possuir. Nesse se apossar, há tanta perda. Posto que, a verdadeira riqueza está nas experiências usufruídas nesse caminho.
Gostaria de citar a morte como possibilidade de vida. Vínculos destinos ao acaso. Eis que as fases vivem em partida; e eu, ao encontro dessa perdida esperança de me ver na minha própria estadia. Por que nessa morada interna? Eu resido também. Ou tenho me deixo aos outros e esquecido de me deixar em mim também. Tudo para que a essência viva, ao invés de pelo mundo morrer.
Talvez, seja besteira — isso de crescer. Mas dói. Pois, existe esforço esse romper de minhas invisíveis barreiras. Ninguém me contou que seria assim, o enfrentar de meus desafios.
Às vezes, gostaria de recorrer. Voltar a quem eu era. Entretanto, já é tarde demais. Nem me reconheço no eu que eu era. Estou solícita as novas descobertas.
Ainda que eu perceba a mudança, detenho de umas faíscas que saltitam dentro de mim. Resolvi deixá-las queimar. Como precisa ser. Meus sonhos querem se concretizar, apenas estão no aguardo de meu aval:
— Iluminem!