Dizer

Dor e indiferença. Dor e tristeza. Memórias e aprendizados. Sobre si, sobre o outro. Sobre tudo e nada. Horas de dizer e horas de silenciar. O desamparo, o debater-se, a raiva, o culpar-se, o cuplar Deus, o mundo, tudo e todos. Tudo será natural. Não há crescimento sem incômodo. É o paradoxo de existir. Não haveriam pérolas, sem o grão de areia que fere a ostra. Grandes são os desertos. Grande é a vida. Dizer que tudo passa, soa piegas, porque o luto é uma travessia. E é o caminho que nos reconstrói. E há muitas pedras no caminho ainda. Afinal, a vida de cada um é feita de mel e de fel. É inescapável. Nossa oração, nosso mantra, caminhar, em dias de sol e tbm nos de intensos temporais.