O Poema de Maria

Que bela reflexão sobre a passagem do tempo, os sonhos e a esperança contida nas asas da imaginação! O poema transmite uma sensação de contemplação e anseio, enquanto o eu lírico questiona se as asas poderiam se abrir mais um pouco se os sonhos adormecessem e fossem acordados novamente.

A metáfora das asas como símbolo de liberdade e possibilidade é poderosa, sugerindo a capacidade de voar além dos limites impostos pelo tempo e pela realidade. A imagem da noite chegando, trazendo consigo o fim do dia e o início das sombras, contrasta com a persistência dos sonhos que não adormecem mesmo nos momentos mais escuros.

A descrição das "densas e neblinadas cortinas de solidão" que descem sobre a face ansiosa do eu lírico adiciona uma camada de melancolia e introspecção ao poema, revelando a luta interna entre a realidade e os anseios do coração.

A pergunta final, sobre se as asas se abririam mais se os sonhos fossem despertados novamente, ecoa a busca por esperança e renovação mesmo nos momentos de maior escuridão.

É uma obra que convida à reflexão sobre a natureza dos sonhos e a importância de manter viva a chama da imaginação mesmo nos momentos mais difíceis.