Suplica.
Suplica.
Meu Deus.
O que eu poderia fazer para amenizar a dor que corroi a alma daquela mulher, mãe, e, menina.
Me ensine onde destravo toda angústia daquele olhar meigo o qual eu um dia vivenciei o doce calor dos dias.
Deus.
Das noites desta vida, a escuridão apossou-se do seu brilho.
Dos dias acordadas, as matizes que coloriram seus passos, hoje, de cinza, fez-se opaco.
Deus.
Essa mulher um dia embelezou de canções meus dias tristes, e, entristece-me não criar uma nota ainda que fosse numa escala menor para fazer dançar o que de mais belo tem.
Consome-me vê-la consumida pela depressão, sem forças para enfrentar tal desígnios, sem buscar ajuda por orgulho, sem ver ao menos o esforço daqueles que à amam e que nocauteados ficam no canto tentando não ouvir o gongo final.
Meu Deus, se de fato tu existes, mande-me um sinal qualquer, sei o quão difícil vai ser, mas, o senhor tem forças para fazê-la compreender todo amor a sua volta. Envie para ela uma mensagem dos pais que se fora dizendo estarem tristes de vê-la nesta dor. Eu não preciso acreditar em ti, não desejo aventurar-me nas suas doutrinas, pois, sabemos que, em verdade, essa sua mentira conforta aqueles que como ela, estão perdidos e precisam da sua palavra.
Por tanto Deus, eu imploro, peço, e, talvez até ore em seu santo nome para ela curar-se deste tormento.
Em nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Texto: Suplica.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 11/05/2024 às 17:06