A Escrita e a Visita.
A Escrita e a Visita.
Cheguei ao meu segundo recanto para escrever, neste canto em questão, sento-me numa cadeira ornada e de ferro traduzindo o que podemos dizer:
- Eis o ser ornando um sentir inexistente. Eis um coração de ferro floreando com palavras o que não tem.
No decorrer da minha história literal, venho observando tudo a ninha volta, pessoas e seus atos, a natureza e a sua certeza que para nós é crueldade, Deus, e a sua inexistente imagen que facilita ganhos, perdas, mas, nenhum milagre.
Das pessoas, me abstenho de falar, já que os mesmos não requer apresentação (Humanos).
Da natureza.
Ela é vingativa?
É brutal?
É errada em suas decisões?
Não!..
Nós invadimos seu terreno, seu habitat natural, logo, que reposta estaríamos esperando dela?
O mundo esta há milênios em constante formação, é uma criança ainda entrando na puberdade, dentre suas descobertas, viu-se reprimida, sendo obrigada a aceitar, até que, num cochilo da humanidade, esta abre as grades, passa pelas frestas, arromba janelas para revindicar o que por justiça é seu. Agradeçam que ainda sendo adolescente, a natureza não tem muita força, mas, quando entrar na maturidade, é bom que estejamos bons o suficiente para que, ao entrar no ringue, à nocauteia afim de não sucumbir em extinção.
Quanto ao Deus dos humanos, este ficará como sempre ficou, olhando, bocejando, rindo das tantas orações, rezas, preces, dessas pessoas, enquanto aguardamos respostas para as infindáveis perguntas sem nexo.
Deus proverá.
Deus vê a verdade, mas, espera.
Com Deus tudo posso.
Deus,... Deus,... Deeeuuuussss,...
Ainda aqui neste canto recebi a visita deste Deus, é, esse mesmo que acabei de citar, ele veio como a figura da minha colega de infância dizendo-me para não deturpar a sua imagem, não causar reflexões sobre sua existência, e, sem declarar aos quatros ventos que ele(a) é apático a sua criação. Olhando-me furioso(a) pegou minha cerveja tomando um gole, depois outro, ainda na mesma linha de raciocínio, dizia-me: - Se eu não acredito como poderia viver, respirar, neste mundo que ele(a) fez? Olhando-o(a) fundo, sem esboçar qualquer resposta por alguns milésimos de segundos, e, falei: - É me pegou. Ele(a) saiu sorrindo vitorioso(a), quanto a mim. Não debato com pessoas de mente estreita... Calo-me!
Texto: A Escrita e a Visita.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 09/04/2024 às 19:07