O que é a (IN)verdade e onde ela se abriga?

Tratar sobre esse tema é algo muito difícil, impreciso, inconclusivo, e, sempre trará consequências em nossas percepções, principalmente, quando observamos os atributos divinos...

Enquanto a internet se torna o oráculo dos “sábios”, as plataformas midiáticas tornam-se o canal dos maiores reprodutores de farsas ao nível em que se pulverizam os achismos, às auto-promoções, às (DES)informações e, também, às (IN)verdades... Há também muitas informações e verdades condicionadas...

A cada dia fico mais perplexo com a necessidade que nossa sociedade tem de criar situações, especular realidades e distorcer o que é real para torná-lo ficção para um determinado fim e, ao mesmo tempo, ressuscitá-lo das cinzas à realidade concreta, para atender outros propósitos pré-definidos...

Infelizmente, a sociedade contemporânea está doente. E esta pandemia degenerativa de valores e princípios; e de respeito e honestidade criam fissuras nas pilastras sustentadoras da verdade no ser humano. E isto é apenas o começo...

Os “defeitos”, atribuídos ao que é desprovido de virtude e de ética, tornaram-se em grande parte, à medida da razão, do pensar e do agir das pessoas. Os sábios contemporâneos, que desprezam a Deus em suas ações de vida reproduzem essas práticas. Vocês não percebem?

No entanto, em seus discursos, Deus está em tudo. Porém, em suas vivências, Deus é só retórica, tornando-se escória na classe dos valores desses parasitas, que costumam o proclamar para os benefícios de sua auto-promoção... E o pior de tudo é que os seres acéfalos os aplaudem sem perceber que caminham para um abismo. É importante frisar que todas essas coisas não são generalizadas, mas, infelizmente, estão presentes em muitos ambientes, e a cada dia temos visto provas disso...

A mentira e o escárnio são ovacionados com o tom de verdade absoluta e, nesse sentido, degeneram-se o respeito e a dignidade das pessoas que entendem que a vida tem uma trajetória curta, e que respeito, princípios e valores tornam-se a principal via de acesso à construção do bom caráter.

Estamos perdendo isso?

Ou nunca existiu?

Decerto, que, dependendo do contexto, os dois períodos anteriores estão corretos...

Lamentavelmente, nenhuma instituição está isenta dos protagonistas do mau-caratismo, denegrindo o lugar que ocupa, mas, para àqueles que são adestrados, nem precisam refletir sobre os acontecimentos em sua volta ou juntar esforços em busca de uma verdade libertadora, o conhecimento. Pois, apenas a atender aos comandos de quem coloca a comida em sua boca, garantindo a manutenção da dependência (I)moral, isto lhe basta para sua felicidade prostituída!

Diante de tudo isso, que reflete uma angústia interior, é preciso ratificar que nem todos estão surdos, nem cegos, nem mudos, nem paralíticos, nem insanos, nem acéfalos, nem degenerados da verdade.

Mesmo que não aceite a ela, a Verdade existe! E reinará em um tempo futuro, que excede ao nosso entendimento e compreensão, mas, que, nem por isso, deixou de ter sua existência real, e de provar a olhos vistos, a força do seu poder!

Recife, 06 de maio de 2024

Luiz Carlos Serpa