E se já aconteceu?
Afirmais, caro interlocutor, que quando nossas efêmeras existências se extinguem, nossa essência consciente ressurge do pélago insondável do Ente Primordial, reintegrando-se ao vasto repositório de conhecimento e experiência que jaz no âmago do Ser Supremo. Nessa óptica, nossa vida presente não passa de uma reminiscência fugidia, um breve lampejo em meio ao grande fluxo da existência universal.
Essa noção, decerto, evoca a concepção de um cosmos harmonioso, no qual cada ente individual é apenas uma ínfima parcela de um todo infinito e transcendente. Nossa consciência, então, não seria senão um reflexo fugaz desse manancial de sabedoria cósmica, que persiste para além dos limites de nossa efêmera materialidade.
Tal visão, embora impregnada de esoterismo e metafísica, suscita um senso de humildade e integração com o Universo, convidando-nos a contemplar nossa existência terrena com um olhar mais amplo e profundo. Quiçá, nessa perspectiva, possamos entrever os enigmas do Destino e da Transcendência que permeiam nossa jornada terrena.