Eu...

Eu...

Eu fui ausente, quando deveria no presente nunca ter me afastado.

Eu fui vilão, quando no ato de heroismo, devesse ter mostrado empatia, mas, escondi com maldade todo sentir.

Eu fui eu, quando desesperadamente tentei viver a pessoa em meu mundo, e assim sendo, matei o melhor de mim.

Eu fui Demônio, nas incontáveis horas em que o Deus em mim resolveu se revelar, no entanto, toda vez que esse Deus aparecia, o Demônio do meu eu era mais forte, e, mostrava-se absoluto.

Quem poderia falar com exatidão sobre mim?..

Quem em sã consciência seria capaz de me amar, e, amando se desviaria da sanidade para enlouquecer. Quem?..

Foram tantas Carlas, Marias, Déboras. Foram tantas que aprenderam a amar-me, cada uma com jeitos e traços diversos, quanto poderia ter sido de um único sentir, porém, em meio a tantos sentires, a única verdade é que nunca amei.

Mas,...

Não um amor de cinema, não um amor de contos de fadas, amei-as como a energia bruta do Ariano. Equilibrado como o Taurino.

Com a sensibilidade do Canceriano.

Com a liderança do Leonino.

A perfeição do Virginiano.

A empatia do Libriano.

Com a intensidade do Escorpião.

Com a versatilidade do Sagitariano.

Maduro como o Capricorniano.

Criativo como o Aquariano.

Com a arte do Pisciano.

Enfim, para finalizar, as amei comprovando os desafios criados a cada momento junto a mim, com os tantos personagens do meu signo, adaptando-me a cada viver, não sendo nada mais, nada menos que um puro Geminiano.

Então, eu fui ausente, quando deveria no presente nunca ter me afastado...

Texto: Eu...

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 01/05/2024 às 21:46

Osvaldo Rocha Jr
Enviado por Osvaldo Rocha Jr em 01/05/2024
Código do texto: T8054377
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