Ela.

Ela.

Ela se perde nas palavras, pensa reinar absoluta com frases tão simplórias quanto o sentir inexistente do seu querer.

Ela, com uma voz tão angelical que consome a alma daqueles que a ouvem, de cultura tão vasta, que, chega a ser cega, mas, ainda assim, sacia-se de imaginar dominar a todos.

Eu não sei dizer, e, é claro que, ela vai achar que vindo de alguém como eu, não se deve dar muitos créditos, não tem força, muito menos ênfase.

Ela sabe que tem um maravilhoso repertório.

Não sabe?..

Sabe com certeza a riqueza das narrações que faz.

Sabe principalmente que jamais deve pensar em desistir.

Não ela...

Eu fico atordoado com suas narrações, e, consequentemente com seus textos abordados, uma hora ela se mostra a mulher que eu imagino.... Madura, confiante, divina.

Noutra hora, mostra-se uma garotinha com pensamentos longes, vivendo fantasias que no íntimo viveu, ou, queria viver, entretanto, não vamos esquecer a romântica, aquela que ama com um furor inabalável.

Ela supera-se a cada linha, eu, que me considero uma pessoa fria, mas, sinto o gelo quebrar-se em pequenos pedaços mostrando as vidas que vivi. Cada fase descrita me comove, balança-me, faz-me pensar que um dia seria possível viver na real um grande amor.

Eu não sei o que a motiva, só peço que não perca.

Enquanto isso vou vivendo de ilusões, aceitando cada confete primário sobre mim, navegando sem curso certo, em direção a incerteza de cada conversa.

Ela é assim, metade mentira, metade verdade, e o que sobra, é, pura ilusão...

Texto: Ela.

Autor: Osvaldo Rocha Jr.

Data: 29/04/2024 às 21:58