Encare.
Nega a ver a verdade mas ela lhe encara sem piscar. Tu que fizestes tal atrocidade consigo mesmo. As ravinas em teus braços rasgadas pela erosão do sentimento não o deixam afagar. Eres tu carcereiro e cárcere, vírus e bactéria, intolerância tolerada eres tu! Repito e reafirmo, eres tu que mata a ti mesmo não pois tolo mas sim esperto. Tão esperto que sucumbe à própria demasia da irresponsabilidade. Mancha violentamente o pincel, habilmente contorna as enseadas, desenha a cidade e esboça os lábios da amada contudo põe-se ao afastamento eterno após o primeiro quadro. Tolo! Sabes disso pois exala tamanho ódio a si. Do que se trata encarar se não isto? Encare este texto! Sabes mas foges! Respeite teu progresso! Hegemonia do eufemismo que reina em ti ao jurar que continua bem do jeito como estas. Encare a imagem do espelho e me diga qual a origem destas marcas escuras abaixo de teus olhos. Estes já veem a mesma beleza que uma vez já viram no começo? Não tomou a pílula da felicidade hoje...é por isso que manda-me obrigar-lhe a encarar?