Comunicação, querida eslava.
No amor, estávamos, embora na mesma atmosfera, em mundos diferentes. Eu buscava suprir a necessidade deixada por um intenso amador, você, creio eu, ansiava pelo gozo da reciprocidade romântica. Tolos aqueles que antes, na partida, amigos inimigos tornam-se na chegada. Pois então, juntos construímos um edifício porém, diferentemente, você desejava os céus, erguer o próprio Burj Khalifa, eu apenas um barraco confortável de cigano. Não há quem não repudie algo assim, como pode uma união, um acordo, um relacionamento divergir objetivos? Sim, também repudiaria se não fosse pela comunicação. Disse-lhe que era nômade, que meu coração estava longe de encontrar a paz e estabilidade de um relacionamento, nem ao menos buscava tal paz. Pôs-se a concordar comigo, a compartilhar que dividia o mesmo sentimento. Confiei em tua palavra e atirei-me nesta empreitada. Como poderia saber que tratava-se de uma verdade disfarçada? É claro...todos sabiam, eu fui burro de não perceber, certo? Foi nisto em que errei? A carência de dialogo apenas fará este emaranhado de interrogações crescer.