ESTAMOS, NA VERDADE, VOLTANDO

 

Criastes, ó Eterno, para que contemplemos... o “mistério”

E, quem puder, que o desvende, então

Se é que há o que possa ser... desvendado

Quando o próprio “mistério” a todos se revela na nudez de suas formas

E, para quem tem seus olhos abertos, não há nada encoberto

Do “mistério” que a todos se mostra e de ninguém s’esconde

 

É certo que não compreendemos como tudo se faz

No entanto, é feito

Basta ver!

E sempre será

Ainda que não entendamos “a mágica”

Ou como surgiu o coelho d’uma “cartola vazia” (se é qu’estava vazia!)

 

As vidas talvez não vêm nem vão

Da verdade que as vidas ... “estão”

Ou, melhor se diga, as vidas... “são”

A se lembrar que o que “é” não pode deixar... de “ser”

N’uma eternidade que não conhece nem passado nem futuro

Pelo que [ela] é sempre... presente

E que o céu não seja propriamente... um “lugar”

Mas, sim, uma dimensão existencial a transcender o tempo e o espaço

 

 

O que o Eterno faz no tempo nunca é [cronologicamente] vasto ou largo

Pelo que a “criatura” deixa d’existir [aparentemente] n’um espaço limitado

Porém, inserido n’um tempo infinito e profundo

E, paradoxalmente, ao mesmo tempo nada pode deixar d’existir

Visto que o Eterno não permite que morra

O Eterno que existe antes de toda coisa criada (é claro)

E que a tudo mantém

O Eterno que sempre existirá

O Eterno a ser anterior e posterior a tudo

Porque se não fosse, deixaria de ser... eterno

Ou, no maior de todos os absurdos, deixaria de ser... Ele próprio

 

Tudo o que vemos é energia que se forma... no tempo

Uma energia que jamais envelhece em sua substância

E que, portanto, não morre

Da vida a ser essencialmente divina

 

E que ninguém, portanto, se angustie ou se desespere

Não há motivo para tal

A vida [em seu trajeto] é como s’estivéssemos dentro d’um espelho

Da visão que interpreta tudo de forma invertida

Inclusive o próprio tempo

(Oh! Quanto a pobre alma s’engana e em tal grau sofre por isso!)

E assim, quando pensamos qu’estamos indo (ou partindo), estamos,

na verdade,... voltando

 

 

22 de abril de 2024

 

IMAGENS: FOTOS PARTICULARES (REGISTRADAS EM CELULAR)

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

ESTAMOS, NA VERDADE, VOLTANDO

 

Criastes, ó Eterno, para que contemplemos... o “mistério”

E, quem puder, que o desvende, então

Se é que há o que possa ser... desvendado

Quando o próprio “mistério” a todos se revela na nudez de suas formas

E, para quem tem seus olhos abertos, não há nada encoberto

Do “mistério” que a todos se mostra e de ninguém s’esconde

 

É certo que não compreendemos como tudo se faz

No entanto, é feito

Basta ver!

E sempre será

Ainda que não entendamos “a mágica”

Ou como surgiu o coelho d’uma “cartola vazia” (se é qu’estava vazia!)

 

As vidas talvez não vêm nem vão

Da verdade que as vidas ... “estão”

Ou, melhor se diga, as vidas... “são”

A se lembrar que o que “é” não pode deixar... de “ser”

N’uma eternidade que não conhece nem passado nem futuro

Pelo que [ela] é sempre... presente

E que o céu não seja propriamente... um “lugar”

Mas, sim, uma dimensão existencial a transcender o tempo e o espaço

 

O que o Eterno faz no tempo nunca é [cronologicamente] vasto ou largo

Pelo que a “criatura” deixa d’existir [aparentemente] n’um espaço limitado

Porém, inserido n’um tempo infinito e profundo

E, paradoxalmente, ao mesmo tempo nada pode deixar d’existir

Visto que o Eterno não permite que morra

O Eterno que existe antes de toda coisa criada (é claro)

E que a tudo mantém

O Eterno que sempre existirá

O Eterno a ser anterior e posterior a tudo

Porque se não fosse, deixaria de ser... eterno

Ou, no maior de todos os absurdos, deixaria de ser... Ele próprio

 

Tudo o que vemos é energia que se forma... no tempo

Uma energia que jamais envelhece em sua substância

E que, portanto, não morre

Da vida a ser essencialmente divina

 

E que ninguém, portanto, se angustie ou se desespere

Não há motivo para tal

A vida [em seu trajeto] é como s’estivéssemos dentro d’um espelho

Da visão que interpreta tudo de forma invertida

Inclusive o próprio tempo

(Oh! Quanto a pobre alma s’engana e em tal grau sofre por isso!)

E assim, quando pensamos qu’estamos indo (ou partindo), estamos,

na verdade,... voltando

 

22 de abril de 2024

O Pincel e a Paleta
Enviado por O Pincel e a Paleta em 22/04/2024
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