O princípio da princesa
Jæ reparou os contos infantis: a princesa é o personagem matriz.
Ah, e ser princesa é tão bom.
Ela não trabalha, e é servida.
Ela é amada, admirada, nobre.
A glamourização da exploração: ela tão bondosa e encantadora, nasceu pra ser servida...e nenhum conto de fadas questiona a regra estabelecida.
Alias, linda e bela, a Princesa é padrão de beleza, é o que ela é. Torna-se para aquela menininha quando cresce e objetiva ser a mulher: linda, linda, somente feita para ser adorada.
A adorada vira padrão e objeto em questão: ser de um principe, a encantada.
Enamorada, é projetada pra casar.... propriedade de um macho alfa, à quem ele vai usar e abusar....
O romance escamoteia, eis a questão....
O que projeta o conto?
Qual é o ponto então?
A objetificação.
O padrão.
A exploração perpetuada.
De uma mulher sobre outras mulheres. E dos homens sobre estas.
O feminicídio é cultivado nos primórdios do conto de fadas... a propriedade perpetua.... se a mulher quer se separar, o ciúme ( a posse), lhe deseja a morte na certa.
Atenção ao conto de fada
Conto que mata
Abramos os olhos da garoratada!