O princípio da princesa

Jæ reparou os contos infantis: a princesa é o personagem matriz.

Ah, e ser princesa é tão bom.

Ela não trabalha, e é servida.

Ela é amada, admirada, nobre.

A glamourização da exploração: ela tão bondosa e encantadora, nasceu pra ser servida...e nenhum conto de fadas questiona a regra estabelecida.

Alias, linda e bela, a Princesa é padrão de beleza, é o que ela é. Torna-se para aquela menininha quando cresce e objetiva ser a mulher: linda, linda, somente feita para ser adorada.

A adorada vira padrão e objeto em questão: ser de um principe, a encantada.

Enamorada, é projetada pra casar.... propriedade de um macho alfa, à quem ele vai usar e abusar....

O romance escamoteia, eis a questão....

O que projeta o conto?

Qual é o ponto então?

A objetificação.

O padrão.

A exploração perpetuada.

De uma mulher sobre outras mulheres. E dos homens sobre estas.

O feminicídio é cultivado nos primórdios do conto de fadas... a propriedade perpetua.... se a mulher quer se separar, o ciúme ( a posse), lhe deseja a morte na certa.

Atenção ao conto de fada

Conto que mata

Abramos os olhos da garoratada!

Flavia Valença
Enviado por Flavia Valença em 20/04/2024
Reeditado em 14/05/2024
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