A Voz.
A Voz.
Um homem andando pelas ruas serranas de Nova Friburgo, entristecido com perdas, ganhos vazios, a morte de amor maternal, e, com o amor morto em seu íntimo.
Nem pássaros cantarolando acendia a alegria necessária para tal feito, no mundo que habitava no agora, de agora em diante era apenas uma estrada sem uma paisagem, e, de certo sem alguem para andar lado a lado.
De repente, soava ao longe uma narrativa suave, com uma voz ainda mais suave, que, contava em detalhes as "Coisas que só quem ama sente", isso o fez sair daquele mundo inóspito em que se encontrava.
Aquela voz invadiu sua alma aprisionando-a no ritmo tão doce que ao perceber, um resquício daquele sorriso antes abandonado veio a tona para seus lábios. Nesta narrativa, ele pode ouvir a respirarão tão sentida a ponto de faze-lo delirar.
Nada sabia sobre a dona voz, nada sabia sobre o mundo há pouco invadido, não acreditava em sereias embora o embriaga-se com a voz numa canção além mar fazendo-o naufragar em desejos.
Como mágica, a estrada vazia se encheu de vastos vales arbóreos, a tão enfadonha tristeza, fora expulsa por tantos motivos para sorrir, o que antes era morte, trouxe-lhe vida a cada passo, e, lembrou que havia amado um dia, sentiu os que sentem amor, e, sem querer percebeu que não mais andará só, pois, aquela voz caminhava a seu lado trazendo a seu íntimo a poesia de uma bela e inesquecível Luz.
Texto: A Voz.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 19/04/2024 às 22:14