Um dia escreverei um livro
Um dia pretendo escrever um livro e ele se chamará “Textos sobre um amor perdido no tempo.”
Será autobiográfico e ele não contará a história de um amor com final feliz, até porque nem sei se isso um dia virá a acontecer.
Nesse ínterim, vou registrando os devaneios de uma mente frustrada, mas ao mesmo tempo esperançosa, em traços rudes e, por vezes, desconexos. Coisas que só existem na mente de quem sonha mesmo.
Mas, sabe? Às vezes os sonhos também podem ser reais. Como daquela vez que escrevi, toda emocionada, ao som do The Korgis, sobre um certo alguém que eu achava que nem lembrava mais da minha existência, que toda a história vivida só existia para mim, e de repente, ele reaparece. Reaparece! E se faz presente de novo na minha vida. E renova as esperanças. E faz com que meu coração triste pulse. E mesmo ainda sendo um tanto utópico, ilumina a vida que ainda me resta.
E, do fundo do meu coração, sabe o que eu mais queria? Jogar tudo pro alto, esquecer dos meus passos medíocres e me jogar nos braços dele. Mas eu não posso... Eu não posso.
Eis o prefácio do meu futuro possível não existente livro.