As estrelas nunca dormem
As estrelas nunca dormem, mortas ou vivas, e eu não posso dizer o mesmo de mim, que morro varias vezes ao dia. Morro de amor, morro ódio, morro de dor, morro de ciúmes ao te ver nos braços de outro. Morro de susto, euforia, morro. Morro de cansaço ao chegar em casa depois de um dia improdutivo no trabalho, morro de ver bem longe e não poder tocar. Morro de desgosto ao te ver novamente nos braços de outro que eu sei que não morreria por você. Morro só de pensar em sobreviver. Morro de fome, morro de sede, e quantas mortes mais morrerei? Se não morro de uma vez, me repulsa o fato de pensar em morrer aos poucos, e deixar de escrever, de rabiscar, de pensar, questionar e lutar por você, um amor irreal. Não, eu não quero morrer aos poucos, não me interessa nem um pouco essa decadente rotina. Se for para morrer, que seja logo, eu tenho um compromisso amanhã cedo.