Dois Seres - Julga Mente
O que penso estar no outro está aqui. O que condeno naquele ser é o que sufoco em mim. Além, se o foco está no julgamento, o ser desaparece e o desumanizo, deixo de ser humana também.
O que julgo, excluo. O que excluo não me integra e assim fico menor (sem essas partes que fazem parte). O que não me integra; o que tenho medo; o que tenho raiva; o que não quero ver, fica sem compreensão...E o que não compreendo é mais fácil julgar. Seja em nós, nos outros, no ser humano...meus julgamentos criam barreiras entre os encontros - no mundo de dentro ou no que pertenço - me torno mais pobre quando deixo de aceitar algo ou alguém porque deixo aprender e crescer com a diversidade que sou e que somos.
Incluindo me torno inteira, como o ser humano que também sou, com as sombras e a luz do meu ser. Assim é possível ter força pra seguir, para transformar-me, para escolher conscientemente como e para onde caminhar, para amar melhor.
Como seres humanos, temos necessidade de pertencimento e de aceitação e quando as pessoas são amadas por quem são, ao invés de serem colocadas na prisão do julgamento ou da exclusão, podem seguir mais inteiras e livres para realmente serem quem são, em sua força e essência. Hoje penso que não existe merecer amor, não é questão de merecimento, mas de necessidade e por falta dele fizemos e fazemos escolhas com consequências terríveis - para nós mesmos, para as relações que tecemos, para o meio ambiente, para o mundo.
Então quero fazer novas escolhas que incluam mais - minha própria ancestralidade, minhas sombras, meu ser, meus erros e assim o outro, que também sou eu.
É tempo de permitir que esse amor chegue, é tempo de nos dar esse amor, é tempo de amar.