FUGINDO DE MIM
Fugindo de mim...
Encontrei um esconderijo. Onde? Em meu leito, com os olhos cerrados e nos braços de Morfeu, fujo de problemas que me afligem e, apesar de tentar conviver com eles, esta funciona como uma das alternativas.
Não devo sofrer por aquilo que não posso mudar. Dói muito ter na alma angústias que só irão embora no dia em que poderei me transferir para o outro lado da vida. Enquanto isso, é preciso viver com as maldades e incompreensões do mundo terreno. Com certeza, lá, em outro plano, não haverá tristeza, preocupações, dores, angústias. Haverá paz e muita luz, na presença da Autoridade Maior do Universo: Deus, cheio de amor e bondade.
Fujo de mim, mas não posso fugir de meus semelhantes, que me rodeiam, a quem devo respeitar e amar. Isso venho fazendo. Estou consciente disso. Mas sei que o melhor comportamento a ser adotado é respeitar o meu próximo e, se possível, dar a ele minha atenção e carinho.
FUJO DE MIM.
Entretanto, ao amanhecer e me contatar com o cotidiano, apreciando a belíssima estrela que ilumina toda a Terra, de olhos abertos, entrego-me à paciência, procurando deixar de lado toda a tristeza que invade meu coração.
Finalizo minha reflexão com o salmo 55:6 a 9, do Livro Sagrado:
6 Assim eu disse: Oh! quem me dera asas como de pomba! Então voaria, e estaria em descanso.
7 Eis que fugiria para longe, e pernoitaria no deserto. (Selá.)
8 Apressar-me-ia a escapar da fúria do vento e da tempestade.
9 Despedaça, Senhor, e divide as suas línguas, pois tenho visto violência e contenda na cidade.
Belo Horizonte, 8h53min, 06 de abril de 2024.