O Escritor e os Quadros.
O Escritor e os Quadros.
Na parede do quarto há dois quadros enfeitando o vazio em cal, nesses quadros pintados a óleo, duas embarcações refletem sete meses aproximadamente de uma amizade que começou com as escritas e findou com palavras mal ditas.
No primeiro quadro, a observação feita pela autora através de uma escrita que, naquele instante pareceu para quem o escreveu, uma bela composição, tomou vida.
A autora nesta primeira pintura, retrata a busca de um pirata pelo amor distante nas águas turvas do destino, este saindo ao pôr do sol, lança-se no mar aberto, fechado na convicção de encontrar-la, para enfim, fazer durar a amizade. Uma amizade tão bela, que foi tão bonita a ponto de fazer-la virar musa para as tantas escritas composta neste diário.
Na segunda, inconscientemente o escritor pede a autora para pintar uma navegação em meio a uma tempestade com ventos violentos levando embora todo curso destas palavras, a luz fraca incidindo entre as nuvens faz parecer ter um ponto de esperança para o marujo a bordo, mas, por fim, vê-se naufragado num adeus.
Haverá alguns estudiosos do espiritualismo, que eles acidentalmente retrataram todo o encontro em duas telas sobre a tinta, haverá arqueólogos que sem êxito, tentarão decifrar as mensagens contidas nas pontas dos pincéis usados, haverá por certo amantes que num prisma romântico dirá que a pintura em sua frente é a forma mais simples e real do verdadeiro amor, e, os homens comuns, estes verão apenas, não algo a dizer, mais sim, o que não se pode dizer da amizade em todo seu sentir.
Olhando aquele vazio e suas pinturas. Hoje, este escritor, apenas as vê, não como um quadro, mas, como um laço que nunca foi quebrado, apenas folgou por um tempo todo sentimento descritos em óleo e tela.
(Para alguém que em pouco tempo, foi mais que sugere a pintura em óleo.)
Texto: O Escritor e os Quadros.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 04/04/2024 às 17:41