As Gerações mais novas estão tão erradas assim?
O ressentimento sobre nossa própria existência, vinculada aos sentimentos mais puros e controversos do ser humano, apropria a condição inexata de nossa capacidade cognitiva.
Não somos capazes de abarcar a verdade, a realidade, e por isso nos tornamos ressentidos diante da mesma, condicionando nossa existência ao vinculo da ilusão com o objetivo de alcançar um tipo de evolução, que nos torna diferenciados das massas, mas que propriamente isso nos torna massificados, pasteurizados.
Todos buscam o mesmo, pois todos somos seres que não tem capacidade evolutiva em sua própria capacidade, o progresso, portanto, está vinculado as ferramentas e as organizações sociais, mas nunca ao próprio homem, pois até mesmo sua ética, em uma situação contemporânea, vincula-se ao meio, ao social.
Não somos capazes senão ao meio, portanto, nosso ressentimento escorre por entre os meios dessa organização, radicalizando a ilusão.
A tecnologia, ferramenta de comunicação, hoje em dia totalmente capilarizada socialmente, facilitou o vínculo ilusório entre seus membros, e pasteurizou a singularidade da unidade, do sujeito, como forma de manter o controle diante de tamanha inadequação.
Todos nos sujeitamos a manter um pensamento tido como revolucionário, como que diante de uma matrix, ou ainda, todos dizem saber sobre o controle social das mídias, mas se curvam diante da afronta de que todos dizem o mesmo.
A massificação esta, justamente, nas teorias sociais conspiratórias, que buscam pregar na mente de seus membros uma concepção de genialidade de si sobre o restante, mas que nada mais é do que sua pasteurização.
Teorias conspiratórias em nossa época já estão compradas pelo poder vigente, e, portanto, já são utilizadas como forma de controle, o revolucionário hoje é a verdadeira concepção conservadora, não a radicalização reacionária mediante a política, mas a conduta conservadora no cotidiano, sem julgamento sobre o outro, pensamento central na fé crista, mantendo um mínimo de honestidade, de vínculo com a realidade.
Está no cotidiano mais enfadonho, e não no vinculo a uma ética heroica de modificação do todo, que está a verdadeira revolução possível.
Infelizmente a tecnologia não está mais sobre nossa capacidade de controle, e, portanto, estamos totalmente sujeitas as suas determinações em uma ilusão de avanço humano, mas rebaixando nossa liberdade, nossa capacidade de modificação do nosso próprio meio.
Atualmente a promessa de liberdade nos sujeita a não liberdade, se for através dos meios aceitáveis, somos livres para nos escravizar, mas temos a liberdade de nos desvincular do meio digital em nossa existência?
Criamos nossa própria prisão, e sujeitamos as próximas gerações a uma realidade que não detém nenhuma forma de libertação, criamos o sistema perfeito.
E sim, a culpa da capacidade ou incapacidade das gerações vindouras estão nas gerações do século XX, que determinou a sujeição do ser diante de um cientificismo religioso não comprovável, onde seu método é apenas o poder de controle sobre a sociedade.
Quem criou o meio que desenvolve as próximas gerações e sua forma de pensar são as gerações anteriores e eles, e enquanto não se determinar uma responsabilidade sobre isso, continuaremos a apenas criticar a próxima geração como frágil, fraca e etc, mas essa geração foi determinada pela nossa própria condição e responsabilidade de desenvolver uma sociedade.
Em uma organização empresarial, quem consegue alcançar uma liberdade de desenvolvimento humano, onde a liberdade de transformação do meio é parte da existência de cada um? Poucos, para não dizer ninguém, pois nos prendemos na concepção de que nos matar de trabalhar é o único caminho.
Então estamos com lideranças medicadas, trabalhando 16 horas por dia, sem conseguir ver sua família, sem alcançar nenhum vínculo verdadeiro, senão através do interesse monetário e julgamos as próximas gerações que não querem isso?
Será mesmo que eles estão errados?
Estamos destruídos sobre uma montanha de entulho de informações imprecisas, que queremos implantar autoritariamente na cabeça de outras pessoas tão radicais como nos, estamos nos matando, nos espancando por conta de times de futebol, política ou opinião e queremos que os mais jovens sejam assim?
Será mesmo que eles estão errados?