Religiões
No vale profundo da mente, oculta e serena,
Há uma mágoa que ecoa, vibrante e plena.
Em um coração, que conflitos internos alimenta,
Por palavras não ditas, sua alma se lamenta.
Um líder foi louvado, por sua bondade sem par,
Por amor e desafios, sem o status quo acatar.
Não se nomeou a crença, nem se quis exaltar,
Mas por suas ações valentes, deixei-me inspirar.
A outra psiquê magoada, se agitou, em turbulência e dor,
"Por que minha fé, não foi escolhida a melhor?"
Esquecendo-se que, a homenagem foi maior,
Ao amor universal, tanto quanto ao orador.
É uma mórbidez da mente, esse sentir-se ofendido,
Por um gesto de amor, puro e bem definido.
O silêncio sobre uma crença, que não foi esquecido,
Revela espaços em outrem , mal resolvidos.
Enxergar no outro, um reflexo de nós mesmos,
Desafiando, o que parecia ser apenas um abismo.
Em homenagem feita, a atos de puro altruísmo,
Celebrando o amor e nunca qualquer cinismo.
A psique navega, por mares de inquietude,
Buscando na fé e no afeto, a sua plenitude.
A verdadeira homenagem é a bondade, sem exclusão,
Elevando a humanidade, ultrapassando qualquer divisão.
Então, deixemos que o tempo, cure a ferida exposta,
Torne a mente tranquila, uma alma que não mais se ressente.
O que verdadeiramente importa, acima da resposta,
É quando o amor é compartilhado, eternamente presente.
_*Daniel Barthes.*_