A mente calma

Com o passar das horas a mente se acalma, o espírito ainda carrega resquícios da agitação que a pouco tomava meu ser como um desespero capaz de cegar as ações. Tortuoso caminho de problemas mentais. Minhas fantasias ganhando vida, se tornando reais.

Fico no vazio. No nada. Existindo no nada, na falta, no não entendimento que existe nas horas de contemplação. Assim vou seguindo no meio de tantos medos tentando não sucumbir. Me entrego à loucura, não suporto o peso da realidade, onde tudo é limitado. Por hábitos ou puro conformismo.

É uma estranha sensação de liberdade que sufoca, não pelo fato em si, mas pela falta de objetivo. Por um medo irracional que traz angústia e ansiedade. Busco nas composições químicas um alívio. Mas não existe alívio quando o espírito se deixa aprisionar.

Na fuga a imaginação permite que se vá. Apenas flutuando pelo infinito com leveza. Dentre as vozes existe aquelas que buscam por curiosidade o conhecimento de forma bela. Tão tranquila quanto águas que correm no verão. Pode haver uma descompensação que beira o delírio. Que abraça o delírio. Às vezes com suas belezas, outras com suas excentricidades que acabam com a imaginação. O seu oposto. A queda. Mas o poço tem fim e cada subida é uma nova vitória.

carlos anhaia
Enviado por carlos anhaia em 25/03/2024
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