PERCEBENDO A VIDA E O TEMPO

 

Quão abençoada a hora em qu'esquecemos do que o mundo nos ensinou!

Ou, na verdade, nos distorceu com seus [falsos] conceitos

E na incerteza [sobre as coisas] o pensamento s'encontra "livre"

Oh! Parece ser errado (para muitos) o qu'eu digo, mas não acho

Contudo, não me importo se não acho nada

E nest'altura do campeonato (de minha vida) até acho que a soma do que o mundo

m'ensinou é zero

E dou graças a Deus por isso

 

 

Definitivamente, não dou nenhuma importância ao que as pessoas afirmam

sobre tudo

Prefiro ver a vida com meus olhos

O tudo a declarar sua presença em todo espaço e em tod’hora

Mas, sem negar a “apresentação”... do nada, oh! não...

Ao que o nada é, sem dúvida, “real”

Maior bobagem em acreditar que iremos [depois] para o nada

é apoiar a ideia de que sempre existimos e que nunca deixaremos d’existir

(Na “forma” em qu'estamos!)

Só os medrosos pensam assim

E por quê?

Simplesmente porque “desejam ser" [para sempre] como “estão”

Não admitindo nenhuma... “transformação” [que lhes altere a forma]

 

 

Percebo a vida (em suas mudanças) pela sacada de meu apartamento

E me deslumbro com suas formas, sem me cansar deste ato

A encher-me de admiração pelo que m'encanto com a totalidade do qu'eu vejo

Amo esta minha postura de contemplar

E deste modo, a me sentir realmente "vivo" no mundo

O que “se fez” é uma forma errada de se colocar para o que vemos

A s’entender que se chegou a um final

O mundo, a vida, tudo “se faz”

A se concluir que tudo [aqui] é “inacabado”

 

 

E tudo nasce e morre a tod’hora

Na “totalidade” do que é percebido

E igualmente do que não se vê, nem se toca aos sentidos

Eis a “ordem” de tudo

Eis a sagrada "Lei" a reger o universo (e tudo o que há n'ele, incluindo nós)

 

 

A cada dia me recomeço

E quase sempre estou sozinho

Seria [eu] louco por eu ser "assim"?

O que haverá após o horizonte não importa

Ao que, para o bom observador, este se regozija com o que [d’ele] está próximo

E ama a “novidade” da transformação a se operar em tudo

E jamais permite que alguém “conduza” seus olhos

Vendo [tudo], portanto, com liberdade

Sem discriminação ou "escolha" do que pode ou deve ser visto

Ou, n'outras palavras: sem julgamentos e sem rejeitar nada

 

 

Oh! Detesto os pontos de vista das religiões a respeito da vida

E mais ainda no que elas afirmam sobre a morte

São “preconceituosos” demais, pelo que rejeitam sua "verdade"

(A partir de seus tolos e vazios “conceitos”)

São “otimistas” ao extremo em dizer que nada [aqui] acaba

Considerando que não aceitam a necessidade “de um final”

São “unilaterais” em sua visão [distorcida]

Já que par’elas - as religiões - só a vida importa e a morte deve ser “evitada”

Na verdade, todas as religiões só nos ensinam... a odiar a morte

 

 

Assisto a vida como quem está n'um cinema

E com o filme [de minha vida] me interajo e participo (com minhas emoções vivas)

E deste modo, não apenas a "assisto"

Eu a vivo

Olhar para o tempo!

Oh! Como eu gosto de [o] fazer!

E admirar a efemeridade de tudo (que, a meu entender, eis [nisto] a sua beleza)

Sim, o “aparecimento” e o “desaparecimento” no conjunto do que se vê

Se vemos “o tempo” eu não sei [dizer]

Mas vemos o que está... no tempo, e só

E isto ninguém pode negar, é mais que óbvio

 

 

Viver sabiamente é deixar para trás o que um dia foi

N’um mundo que se transforma todo o tempo (a tod'hora)

Sem se apegar ao passado (o que é, deveras, infantil)

E assim, compreender e, principalmente, aceitar a vida em sua plenitude

Percebendo a “mão divina” a esculpir o mundo (e o que há n'ele)

A partir [também] de nossas mãos

Afinal, somos co-criadores da História

Sim, somos co-criadores... [com o Criador]

Sintamo-nos, portanto, honrados em o sermos!

 

 

25 de março de 2024

 

IMAGENS: FOTOS GENTILMENTE CEDIDAS PELO MEU IRMÃO DE CORAÇÃO, CHARLES LIMA

 

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FORMATAÇÃO SEM AS ILUSTRAÇÕES

 

PERCEBENDO A VIDA E O TEMPO

 

Quão abençoada a hora em qu'esquecemos do que o mundo nos ensinou!

Ou, na verdade, nos distorceu com seus [falsos] conceitos

E na incerteza [sobre as coisas] o pensamento s'encontra "livre"

Oh! Parece ser errado (para muitos) o qu'eu digo, mas não acho

Contudo, não me importo se não acho nada

E nest'altura do campeonato (de minha vida) até acho que a soma do que o mundo

m'ensinou é zero

E dou graças a Deus por isso

 

Definitivamente, não dou nenhuma importância ao que as pessoas afirmam

sobre tudo

Prefiro ver a vida com meus olhos

O tudo a declarar sua presença em todo espaço e em tod’hora

Mas, sem negar a “apresentação”... do nada, oh! não...

Ao que o nada é, sem dúvida, “real”

Maior bobagem em acreditar que iremos [depois] para o nada

é apoiar a ideia de que sempre existimos e que nunca deixaremos d’existir

(Na “forma” em qu'estamos!)

Só os medrosos pensam assim

E por quê?

Simplesmente porque “desejam ser" [para sempre] como “estão”

Não admitindo nenhuma... “transformação” [que lhes altere a forma]

 

Percebo a vida (em suas mudanças) pela sacada de meu apartamento

E me deslumbro com suas formas, sem me cansar deste ato

A encher-me de admiração pelo que m'encanto com a totalidade do qu'eu vejo

Amo esta minha postura de contemplar

E deste modo, a me sentir realmente "vivo" no mundo

O que “se fez” é uma forma errada de se colocar para o que vemos

A s’entender que se chegou a um final

O mundo, a vida, tudo “se faz”

A se concluir que tudo [aqui] é “inacabado”

 

E tudo nasce e morre a tod’hora

Na “totalidade” do que é percebido

E igualmente do que não se vê, nem se toca aos sentidos

Eis a “ordem” de tudo

Eis a sagrada "Lei" a reger o universo (e tudo o que há n'ele, incluindo nós)

 

A cada dia me recomeço

E quase sempre estou sozinho

Seria [eu] louco por eu ser "assim"?

O que haverá após o horizonte não importa

Ao que, para o bom observador, este se regozija com o que [d’ele] está próximo

E ama a “novidade” da transformação a se operar em tudo

E jamais permite que alguém “conduza” seus olhos

Vendo [tudo], portanto, com liberdade

Sem discriminação ou "escolha" do que pode ou deve ser visto

Ou, n'outras palavras: sem julgamentos e sem rejeitar nada

 

Oh! Detesto os pontos de vista das religiões a respeito da vida

E mais ainda no que elas afirmam sobre a morte

São “preconceituosos” demais, pelo que rejeitam sua "verdade"

(A partir de seus tolos e vazios “conceitos”)

São “otimistas” ao extremo em dizer que nada [aqui] acaba

Considerando que não aceitam a necessidade “de um final”

São “unilaterais” em sua visão [distorcida]

Já que par’ela - as religiões - só a vida importa e a morte deve ser “evitada”

Na verdade, todas as religiões só nos ensinam... a odiar a morte

 

Assisto a vida como quem está n'um cinema

E com o filme [de minha vida] me interajo e participo (com minhas emoções vivas)

E deste modo, não apenas a "assisto"

Eu a vivo

Olhar para o tempo!

Oh! Como eu gosto de [o] fazer!

E admirar a efemeridade de tudo (que, a meu entender, eis [nisto] a sua beleza)

Sim, o “aparecimento” e o “desaparecimento” no conjunto do que se vê

Se vemos “o tempo” eu não sei [dizer]

Mas vemos o que está... no tempo, e só

E isto ninguém pode negar, é mais que óbvio

 

Viver sabiamente é deixar para trás o que um dia foi

N’um mundo que se transforma todo o tempo (a tod'hora)

Sem se apegar ao passado (o que é, deveras, infantil)

E assim, compreender e, principalmente, aceitar a vida em sua plenitude

Percebendo a “mão divina” a esculpir o mundo (e o que há n'ele)

A partir [também] de nossas mãos

Afinal, somos co-criadores da História

Sim, somos co-criadores... [com o Criador]

Sintamo-nos, portanto, honrados em o sermos!

 

25 de março de 2024

 

Carlos Renoir
Enviado por Carlos Renoir em 25/03/2024
Reeditado em 25/03/2024
Código do texto: T8027409
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