Tio sam, israhell e europa, querem a terceira guerra.

A análise da relação entre os Estados Unidos, a Europa e a Rússia, especialmente no contexto do envio de armamentos para a Ucrânia, sob uma perspectiva psicossocial e sócio-histórica, requer uma compreensão profunda das dinâmicas de poder, identidade e recursos globais. Essa análise deve ser ancorada nos estudos da psicologia social, que investiga como os comportamentos individuais são influenciados por contextos sociais e históricos mais amplos, e na análise sócio-histórica, que considera os processos históricos e as estruturas sociais, na formação de realidades contemporâneas.

Os Estados Unidos e a Europa, ao longo de séculos, construíram seu poder e riqueza, por meio de avanços tecnológicos e industriais, possibilitados, através da exploração colonial e neocolonial de regiões na América Latina, África e Ásia e importação de intelectuais dessas regiões. Esse processo de exploração, envolveu a extração de recursos naturais, a imposição de sistemas econômicos favoráveis às potências coloniais e a ativa supressão, de desenvolvimentos políticos e econômicos autônomos, nas regiões exploradas.

Do ponto de vista da psicologia social, a manutenção desse status quo, pode ser entendida através do conceito de "identidade social", onde grupos, (nesse caso, nações ou blocos de nação) mantêm uma imagem positiva de si mesmo, através da comparação, com grupos considerados inferiores. Assim, a propagação de narrativas que destacam a superioridade moral, tecnológica e econômica dos EUA e do Ocidente, em detrimento de outras nações, serve como um mecanismo de justificação da exploração.

A perspectiva sócio-histórica complementa esse entendimento, ao demonstrar como as estruturas de poder atuais, são o resultado direto de processos históricos de colonialismo e imperialismo.

A influência ocidental no mundo, especialmente a partir do século XV, está profundamente enraizada na expansão colonial e na subsequente ordem global, baseada na supremacia econômica e militar de um seleto grupo de nações. EUA e Europa.

No atual contexto geopolítico, o surgimento do BRICS, (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) representa um desafio ao domínio econômico e político, tradicionalmente exercido por países ocidentais. A proposta de uma ordem global solidária, em oposição ao roubo inescrupuloso historicamente cometidos pelos EUA e pela europa,,como essa solidariedade promovida pelo BRICS, está definitivamente alterando as dinâmicas de poder estabelecidas, potencialmente redistribuindo recursos e influência, a favor de nações historicamente exploradas.

A verdade de que o apoio ocidental à Ucrânia, frente à Rússia, seja motivado por um medo de perder influência sobre nações exploradas, é incontestável, a França, por exemplo, perderá 500 bilhões anuais, vindos da exploração inescrupulosa de suas ex colônias africanas.

Os países ocidentais, têm seus históricos interesses geopolíticos – incluindo a contenção da expansão da influência russa e chinesa , além de outros países do Brics, como o Irã, o México, a Arábia Saudita, o Brasil, etc. e a manutenção de laços econômicos e militares, com nações dentro de sua esfera de influência –, e essa, não é mais a situação predominante.

Em conclusão, o envio de armamentos para a Ucrânia, deve ser visto, como parte de uma complexa teia de relações internacionais, onde os legados de colonialismo, a cobiça dos países aliados do tio sam, as identidades nacionais e os interesses geopolíticos dos países do G7, se intersectam, para a terceira guerra.

Daniel Barthes.