O Cemitério.
O Cemitério.
Caminhando pelo cemitério esta alma encontra-se perdida em seus pensamentos, há revoluções por parte de, confusões em sua parte de, e, de misturar sentimentos com desalentos.
Entre um túmulo e outro, decadência eram perfeitamente visíveis, adornos virados sem nenhuma pétalas a colorir, fotos relativamente desbotada pela ação do tempo.
O tempo...
Esse parecia não importasse em passar devagar, tão devagar, quanto os passos neste caminhar. Não era dia, nem exatamente noite, talvez uma tarde solitária, ou, a solidão de uma tarde no seu mundo vazio, por todo lado, cacos de vidas ceifadas em desejos, presa nas esquifes da sua própria ignorância, embora, tivesse tido um velório recheado de amizades e amores, foi sepultado só.
Chegou frente à seu descanso, sentou, olhou em volta havia tantas almas sentadas em seu lugar de repouso, cada um com seu olhar perdido buscando uma razão de coexistir, de entender o universo ao qual foi posto, e, com certeza, com o mesmo dilema que o meu...
Como ser melhor.
Respirou fundo, sorriu acompanhado de uma lágrima, sem querer olhar para trás por medo do que veria, talvez até por receio de nada ver, deitou, fechou os olhos, para tentar se achar no dia seguinte.
Texto: O Cemitério.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 19/03/2024 às 05:48