O ato de refletir
Momentos de fragilidade ou tristeza, são propícios para uma boa reflexão.
Dificilmente alguém pára pra refletir como a vida está boa. Apenas desfruta do momento.
A reflexão quase sempre tem como foco, o passado que fora melhor, quando algo não está bem no momento presente.
Somente diante de uma situação em que algo sai errado, é quando se decide refletir.
Só é possível experimentar o real valor de algo ou alguém, quando não está mais disponível, seja de forma temporária ou definitiva.
O fato de se acostumar com a disponibilidade das pessoas ou coisas , muitas vezes ofusca a sua real importância. Por mais óbvio que seja, não sentimos falta do que temos, é preciso perder ou ser privado de algo, pra sentir a sua relevância.
É fácil acostumar-se com algo de bom que foi acrescentado na vida. Ao passo que é difícil tolerar quando algo importante é subtraído.
É como dirigir um carro por um ano, sem ter nenhum problema. No dia em que o carro apresenta um defeito, a sensação de frustração é real. De repente, a facilidade que o carro proporciona, não está mais disponível. As distâncias, de uma hora pra outra, ficam maiores. É literalmente como se uma parte nossa, fosse arrancada. É esse o sentimento, de arrancar, de maneira forçada, dolorosa.
É imediata a reflexão, do que era bom quando funcionava, e como é ruim quando teve defeito.
Portanto, a lição de quem já passou por isso, vem de saber que nada nos pertence, e tudo pode ser tirado de nós.
Vivemos em um caos, disfarçado de ordem, e não temos controle de quase nada.
Por isso, é importante ser grato sempre, por tudo e todos que temos na vida, e viver com a consciência de que tudo, é passageiro.
A própria vida é uma grande viagem, em que todos morrem ao final.