Um Tempo Só.
Um Tempo Só.
Um tempo só, uma vida que se perde pelas ruas, pelas esquinas poluídas do desespero com seus sonhos jogados nas calçadas.
Eu lamento tudo isso, lamento ver tantas almas sem rumo, de direções tortas em que se colocaram na vida.
São vigias de uma noite solitária, sem o luar para lhes guiar com estrelas apagadas de uma constelação há muito esquecida.
Vejo mãos que vasculham o lixo encenando a procura insana pela sobrevivência, seus olhos apagados e sem esperança, sem ter mais como chorar, essas almas vazias por dentro supre a angustia, tudo que a vida pode lhe ofertar é tentar apenas viver.
Estou em pecado com o pensamento, procurando uma resposta para tudo isso, uma forma de me desligar das pessoas e humanidade desprezível, talvez essa humanidade seja a doença e eu não sou a cura.
O que vejo diante dos meus olhos é um mundo triste, a minha volta ganância, falta de amor, uma infindável catarata de hipocrisia, mas, espere quando a ajuda chega sempre pagaremos um preço de uma cobrança em nome de Deus.
São nesses choros que se perdem na noite com nenhum amigo a escutar nem mesmo a solidão lhe faz companhia, afinal, não tens nada.
Nenhum olhar amigo, nenhuma mão estendida, será que Deus sabe?
Então, chega os anjos enviado para lhe ofertar sopa e pão e depois que esses vão embora o que lhe resta é apenas um tempo só.
Texto: Um Tempo Só.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 30/06/2006 às 22:56