Comunicação não violenta e a raiva.

Comunicação não Violenta e a Raiva.

A Comunicação Não Violenta (CNV), um conceito desenvolvido por Marshall Rosenberg, é uma poderosa ferramenta, para melhorar as relações interpessoais e promover entendimento e empatia. Um dos aspectos mais desafiadores e importantes da CNV, é a sua aplicação na desconstrução da raiva, um sentimento que pode ser tanto destrutivo, quanto um sinal de necessidades não atendidas.

_*Entendendo a Raiva na CNV*_

Na CNV, a raiva é vista não como um inimigo, mas como um indicador importante. Rosenberg argumenta, que a raiva surge, quando interpretamos ações de outras pessoas, de uma maneira que percebemos, como desconectadas das nossas necessidades. Portanto, a raiva nos oferece, uma oportunidade de introspecção e de identificar, o que valorizamos e necessitamos.

_*Passos para Desconstruir a Raiva Usando a CNV*_

1. _*Observar sem julgar*_:

Ao sentir raiva, o primeiro passo, é observar a situação que desencadeou a emoção, sem atribuir julgamento de valor. Por exemplo, em vez de pensar "Ele me ignorou de propósito", considere "Ele não respondeu à minha mensagem".

2. _*Identificar e expressar sentimentos*_:

Reconheça e nomeie, o sentimento que está experienciando. A raiva, muitas vezes, mascara outros sentimentos como o medo, a frustração ou tristeza.

3. _*Reconhecer necessidades, não atendidas*_:

Tente entender, quais necessidades suas, não estão sendo satisfeitas e que estão por trás da raiva. Pode ser uma necessidade de respeito, apoio, compreensão, etc.

4. _*Expressar as necessidades de forma clara*_:

Ao comunicar suas necessidades, faça-o de maneira clara e direta, sem críticas ou acusações. Por exemplo, "Eu preciso me sentir valorizado, no nosso relacionamento".

5. *Pedir, não exigir*_ :

Formule pedidos claros, de como a outra pessoa,. pode contribuir para a satisfação de suas necessidades. Evite demandas, que podem levar a resistência ou defensiva.

_*Benefícios da CNV na Desconstrução da Raiva*_

- _*Promove autoconhecimento*_:

Ajuda a entender melhor, suas próprias emoções e necessidades.

- _*Reduz conflitos*_:

Ao expressar sentimentos e necessidades de forma construtiva, reduz-se a probabilidade de mal-entendidos e conflitos.

- _*Fortalece relações*_:

A comunicação aberta e empática, promove conexão e compreensão mútua.

- _*Empodera*_:

Ao identificar e expressar necessidades, as pessoas se sentem mais empoderadas, para buscar soluções satisfatórias.

_*Conclusão*_

Utilizar a Comunicação Não Violenta, para desconstruir a raiva, é um processo que requer prática e auto-reflexão.

Ao transformar a raiva de sinal de alerta, para uma ferramenta de autoconhecimento e comunicação, podemos não apenas melhorar nossas interações com os outros, mas também, contribuir para um mundo mais empático e compreensivo.

Na abordagem da Comunicação Não Violenta (CNV), criada por Marshall Rosenberg, a raiva é entendida de uma forma bastante específica e profundamente humana. Ela não é vista apenas como uma emoção negativa, ou destrutiva, mas como um sinal, um pedido de socorro, que busca visibilidade para necessidades não atendidas. Esse entendimento, transforma radicalmente a maneira como podemos responder à raiva, tanto a nossa, quanto a dos outros.

_*A Raiva como Pedido de Socorro*_

Quando a raiva surge, seja em nós, ou em alguém próximo, isso indica que existem necessidades fundamentais não sendo satisfeitas. Essas necessidades podem ser variadas: respeito, compreensão, conexão, segurança, entre outras.

No entanto, a forma convencional de expressar raiva, frequentemente mascara essas necessidades, focando no que os outros fizeram de "errado", em vez de clarificar o que realmente queremos, ou precisamos.

_*A Visibilidade Através da Raiva*_

A CNV propõe que, ao invés de reagir à raiva com defensiva, ou contra-ataque, devemos procurar entender, quais são as necessidades ocultas, por trás dessa expressão emocional. A raiva, neste contexto, é um pedido de socorro e de visibilidade - um chamado para que, essas necessidades ocultas, sejam reconhecidas e atendidas.

_*Passos para Lidar com a Raiva na CNV*_

1. _*Parar e Respirar*_:

Antes de responder à raiva, seja a sua própria, ou a de alguém, faça uma pausa e respire. Isso ajuda a evitar reações impulsivas.

2. _*Observação*_:

Identifique o que desencadeou a raiva, descrevendo a situação sem julgamentos, ou interpretações. Foque nos fatos observáveis.

3. _*Identificação de Sentimentos*_:

Reconheça os sentimentos por trás da raiva. A raiva, muitas vezes, esconde sentimentos como dor, medo ou frustração.

4. _*Necessidades não atendidas*_:

Busque entender, quais necessidades não estão sendo satisfeitas e estão, por trás do sentimento de raiva.

5. _*Pedido, não demanda*_:

Comunique de forma clara, o que você precisa, ou deseja, como forma de atender a essas necessidades, expressando isso como um pedido aberto à negociação, não uma demanda.

_*Por Que Tratar a Raiva Como um Pedido de Socorro?*_

Adotar essa abordagem, tem múltiplos benefícios. Ela não apenas ajuda a resolver conflitos, de maneira mais efetiva, mas também, promove uma conexão mais profunda e empática, entre as pessoas.

Ao tratar a raiva como um pedido de socorro e visibilidade, abrimos um caminho, para o entendimento mútuo e para a construção, de relações mais saudáveis e satisfatórias.

_*Conclusão*_

Na CNV, a raiva expressa um pedido de ajuda e a necessidade, de ser visto e entendido, em nossas necessidades mais humanas.

Ao abordar a raiva desta forma, estamos não apenas nos comunicando de maneira mais eficaz, mas também, praticando a compaixão e o respeito pelos sentimentos e necessidades dos outros. Isso não só desarma conflitos, como também fortalece os laços humanos, promovendo um maior entendimento e cooperação.

Daniel Barthes.

Fundamentado em "A virtude da raiva". de Arun Gandhi. (Neto do Gandhi)

Bom dia, Queridxs!!!💫⚡🌈💥🌟🩵🌈⚡💫

BARTHES
Enviado por BARTHES em 16/03/2024
Reeditado em 16/03/2024
Código do texto: T8020988
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