Adeus...
Adeus...
Soou pelo cantos do mundo essa palavra, parecia não vim de um lugar exato, não parecia exatamente sequer vir, apenas, soou descompassadamente...
Muitos alegaram ter sido quebrada nas ondas das inúmeras praias ao redor do globo, outros juravam ter ouvido dos ventos sem direções coordenadas, uns poucos defendiam a tese de que brotara da terra sob nossos calcanhares, e, uma pequena parcela sentado frente a um jardim não ouviu ao certo, porém, tentava replicar o som.
Depois de entoada, em seguida houve um silêncio. Um silêncio tão profundo, que, desafiava a crença das pessoas que como eu desacreditava no que via e vivia a todo tempo. Essa palavra brutal, assim como, um alerta nas mentes iluminadas, não sugeriu uma partida, nem tão pouco deixava claro sua real intenção, pois, intencionalmente nos fez pensar.
Pensar...
Sobre nossas ações diante do comum.
Sobre nossos sentimentos perante o sofrimento imposto pelos nossos pensamentos.
Sobre se calar, devido aos apelos que os nossos corpos mendigava a tantos outros pedintes.
O mundo continua em silêncio, mesmo que este mundo se baseie em um quarto fechado, numa praça cheia de pessoas, talvez até, em si mesmo, por esse motivo, isso não é um parâmetro, nem uma regra, entretanto, a atenção dada a essa palavra é o que difere você dos tantos outros como nós.
Sim!..
Você ouviu, todos nós ouvimos, e não partiu de nenhum lugar, porque veio de dentro de você, veio da sua alma ferida que pede por ajuda, de um Deus esquecido dentre tantos deuses materiais, mas que, sem desistir ou esquecer de ti, infiltra-se em seu ser para mostrar-lhe toda sua glória.
Texto: Adeus...
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 14/03/2024 às 21:08