Amar a tragédia sob todas as coisas
Eu vejo que os deuses que estão mais presentes são os orixás.
Penso muito, penso em tudo,
Vejo tudo ao meu redor vindo e indo feito dilúvio.
Quando me falam de amor eu simplesmente vou embora.
Eu o conheço
Eu sofri por conta dele.
Cansei de espera-lo
Não tenho pressa para ir atrás.
Eu escrevo rindo de mim mesmo,
Pois eu acho que sou tudo,
Mas ao mesmo tempo não sou nada.
Eu acho o que sou,
Mas não sei quem sou.
Da mesma forma que eu me liberto "arteando" a vida,
Eu me prendo pensando no que vou dizer
E no que vou fazer.
Eu digo que lembro,
Mas é mentira!
Eu não lembro de nada!
Eu tenho preguiça de ser quem eu sou.
Eu prefiro ser inato como meu bom e velho fático amigo o vazio.
Palavras presam por tudo
E eu não preso por nada,
Pois eu sou efêmero como a nossa estupidez.
Eu sou um bobo como nas cartas de tarot!
Um palhaço que não quer placet!
Eu nasci da barriga de uma mulher,
Carrego em minhas costas um peso
Chamado história!
Eu vivo para mim
E para mais ninguém.
Eu sou o verbo inigualável EXISTIR!