sapos coloridos
Na maioria das vezes que estamos fragilizados pelas sombras silenciosas da depressão, onde a vida perde a cor e os pensamentos de medo, angustia e dor, suga a nossa alegria e nos força a deita-se no divã espinhoso da tristeza, nos desesperamos. E neste momento de falta de fé e de razão, procuramos aqueles que pensávamos que nos amava para iluminar a nossa esperança agonizante. Muitas das vezes as palavras que recebemos não são de amor, mas de ironias, deboche e piadas desgraçadas, ou argumentações sem noção de suas conseqüências, e diante da nossa passividade emocional somos forçados a engolir uma montanha de sapos coloridos.
Alexandre Tito (Kariri)