Prisões.
Prisões.
Para onde olho vejo grades, prisões de uma vida incerta um passado algemado ao futuro impedido de receber perdão.
Para onde olho vejo rostos, faces marcadas pelo tempo, sem brilho, sem esperança, mergulhando em desgraças.
Com os passos vazios segue a mão que leva a dor, buscando sem compreender um sentido para seu caminho.
Essas jaulas que impedem a dor sair, cultiva ainda a angustia dos sonhos não realizados deixando apenas a solidão por companhia.
Para onde olho sinto o doce amargo de respirar, de amar desacreditado, e, morrer por ser simples assim.
Texto: Prisões.
Autor: Osvaldo Rocha Jr.
Data: 08/03/2004 às 23:34