Autoestima.

É doloroso admitir, mas há momentos em que sinto um profundo nojo e repulsa do meu próprio corpo. Cada vez que olho no espelho gera um confronto com as imperfeições que vejo refletidas. Cada parte de mim parece gritar inadequação, defeito e desgosto.

É como se eu estivesse aprisionado em uma casca que não condiz com quem eu realmente sou por dentro. Sinto-me desconectado e envergonhado da imagem que vejo refletida. A vergonha e a autodepreciação são constantes companheiras, corroendo minha autoestima e descartando minha confiança.

É um ciclo doloroso de autocrítica e rejeição, alimentado por padrões inatingíveis de beleza e perfeição impostos pela sociedade de merda em que vivemos. Cada vez que tento me aceitar, uma voz crítica sussurra que não sou bom o suficiente, que não mereço amor e aceitação.

É uma batalha interna constante entre o desejo de me libertar desse sentimento de repulsa e a sensação de nojo intensa que sinto só de olhar-me no espelho. A solidão e a tristeza se tornam meus fiéis companheiros, enquanto tento encontrar uma forma de reconciliar essa guerra interna comigo mesmo.

- Ash Magon (5/3/2024)