Idade certa para quem cara-pálida?

O relativismo é em si mesmo muito relativo.

Para alguns, a verdade depende antes de tudo do lugar.

Para outros, da época.

Para outros, ainda, da eficiência.

Para muitos, depende, hoje, do indivíduo.

Os céticos da antiguidade propositadamente iam além, e relativizavam a própria individualidade.

A mudança perpétua de nossas afeições: saúde, doença, sono, vigília, alegria, tristeza, ALFABETIZAÇÃO, juventude, velhice, ousadia, medo, necessidade, riqueza, ódio, amizade, calor, frio, respiração, expiração.

Uma obra de arte odiada teria me agradado se não estivesse com dor de cabeça naquele dia.

O indivíduo não é indivisível o suficiente para ser o critério último do relativismo.

O relativismo individualista aparece como a tentativa muito dogmática de não considerar essas relatividades mais encarnadas e humilhantes que marcam a fragilidade de meus próprios julgamentos.

Há uma relatividade decisiva que nossa sociedade rejeita especialmente: a das idades da vida.

LucianaFranKlin
Enviado por LucianaFranKlin em 29/02/2024
Código do texto: T8009845
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